segunda-feira, 15 de agosto de 2016

LINGUA MATERNA, DE ESPERANZA VIVES




palavras camélias. brancas espirais. singelas. no meu corpo de meiga lactante que arde como os caracóis ignorados sob a chuva. árvores pretas. cromatismo da água afastada guardada entre as mãos. elo face a lentas lagartixas. carne herética espargida como folhas novas de flores discretas. feitiço feito história sobre o leve ranger das carricantas. sobre as sombras quebradas/vermelhas da língua. enquanto me chamam mãe sopra a brisa.


© Texto: Esperanza Vives Frasés
©  Tradução: Xavier Frias Conde

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