segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

TRÊS POEMAS DE GISELA GRACIAS RAMOS ROSA



Não se equivoquem aqueles
que pensam que a sede
é apenas ambição.
A sede é peregrina do corpo
da sua transformação.


No se equivoquen
los que creen que la sed
no es sino ambición.
La sed es la peregrina del cuerpo
de su transformación.
(inédito)



*   *   *


Passemos erguidos com a vénia do coração
perante quem a cicuta produz efeitos
que desenham o rosto de quem
a verteu e ofereceu com a língua informe.

E àqueles cujo olhar não mais diz que
a ávida esperança da escuta a esses
depositemos a oração do poema
com as palavras mais simples

(inédito)

Pasemos orgullosos con permiso del corazón
ante quienes la cicuta afecta
los que dibujan el rostro de quien
la echó y ofreció con lengua deforme.

Y a aquellos cuya mirada no invoca más que
la ávida esperanza de la escucha en esos
depositemos la oración del poema
con las más simples palabras


*   *   *




Entre mim e a linguagem, a pele e o mundo.

in as palavras mais simples
Entre el lenguaje y yo, la piel y el mundo

Texto: Gisela Gracias Ramos Rosa
Tradução: Xavier Frias Conde

Sem comentários:

Enviar um comentário